Roland Barthes foi escritor, sociólogo, crítico literário, semiólogo e filósofo francês. Juntou-se a Georges Freidmann para trabalharar no CECMAS (Centro de Estudos das Comunicações de Massa). Dos participantes deste, foi o único a se situar na órbita do estruturalismo, organizando um grupo para pesquisar sobre os símbolos dos fenômenos culturais, perseguindo seu projeto de desenvolver “uma verdadeira ciência da cultura de inspiração semiológica” (CECMAS, 1966).
Roland Barthes, no ano de 1967, aplicou às revistas de moda através da obra “Le Système de la mode” seu esquema de análise semiótica. Bastante rígido, revela a força de seu desejo de renovar os métodos da crítica literária, deixando um pouco de lado seu interesse pelas expressões da cultura de massa.
Ele fez parte da escola Estruturalista, influênciada por Saussure dividindo o processo de significação de revistas e propagandas em conotativo e denotativo - termos usados até hoje.
É considerado um dos mais importantes críticos literários, tendo feito a crítica das atitudes sociais e cotidianas, trabalhamdo em uma ciência geral dos signos.
Livros Importantes:
Trechos do livro Roland Barthes por Roland Barthes:
“Comentar-me? Que tédio! Eu não tinha outra solução a não ser a de me re-escrever – de longe, de muito longe – de agora: acrescentar aos livros, aos temas, às lembranças, aos textos, uma outra enunciação, sem saber jamais se é de meu passado ou de meu presente que falo. Lanço assim sobre a obra escrita, sobre o corpo e o corpus passados, tocando-os de leve, uma espécide de patchwork, uma coberta rapsódica feita de quadrados costurados. Longe de aprofundar, permaneço na superfície, porque desta vez se trata de ‘mim’ do Eu) e porque a profundidade pertence aos outros.” (p. 160)
“Para que serve a utopia? Para fazer sentido. [...] A utopia é familiar ao escritor, porque o escritor é um doador de sentido: sua tarefa (ou seu gozo) consiste em dar sentidos, nomes, e ele só o pode fazer se houver paradigma, desencadeamento do sim/não, alternância de dois valores: para ele, o mundo é uma medalha, uma moeda, uma dupla superfície de leitura, cujo avesso é ocupado por sua própria realidade e cujo direito, pela utopia.” (p. 91)
“A elipse, figura mal conhecida, é perturbadora pelo fato de representar a assustadora liberdade da linguagem [...]” (p. 93)
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